A Petrobras, segunda ação mais relevante na carteira teórica da bolsa, encerrou a segunda-feira com quedas expressivas: 5,57% nas ações ordinárias (ON) e 3,97% nas preferenciais (PN), fechando a R$ 35,63 e R$ 33,18, respectivamente. Esta desvalorização se traduz em uma perda de R$ 23 bilhões no valor de mercado da estatal, impactada pela queda nos preços do petróleo e especulações sobre a intervenção governamental nos preços dos combustíveis, particularmente do diesel. A informação sobre a pressão do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para redução dos preços, foi confirmada por fontes do Broadcast.
Os preços do petróleo registraram uma queda de 2% nesta segunda-feira, atingindo valores mínimos não observados há quase quatro anos. Isso ocorreu em meio ao receio de que as tarifas comerciais implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possam desencadear uma recessão global, reduzindo a demanda energética. Os contratos futuros do Brent recuaram em US$ 1,37 ou 2,1%, finalizando a US$ 64,21 por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) dos EUA diminuiu US$ 1,29 ou 2,1%, para US$ 60,70. Ambas as referências do petróleo, que já haviam caído cerca de 11% na semana anterior, atingiram assim seus menores níveis de fechamento desde abril de 2021.