O Banco de Brasília (BRB) anunciou a aquisição de 58% do capital do Banco Master, por um valor estimado em R$ 2 bilhões, em uma transação que agitou o mercado financeiro e político de Brasília nesta segunda-feira (31). O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ajustou sua agenda para se reunir com Paulo Henrique Costa, presidente do BRB, visando entender os detalhes da operação. A compra necessita de aprovação do Banco Central e envolve a entrega de documentos necessários para análise em até 360 dias, conforme exigido pelas normas do sistema financeiro.
A decisão de aquisição visa expandir o BRB em mercados de capitais, atacado de médias e grandes empresas e operações de câmbio, conforme explicado por Costa em entrevista à CNN. No entanto, a transação gerou questionamentos na Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde deputados pediram esclarecimentos sobre a transparência e viabilidade econômica do negócio. Entre os que solicitaram informações estão os deputados Chico Vigilante, Gabriel Magno, Ricardo Vale, e Paula Belmonte, que apresentaram requerimentos para ouvir o presidente do BRB.
Além disso, o deputado distrital Fábio Felix requisitou que o Ministério Público de Contas investigue possíveis irregularidades, citando preocupações com potenciais prejuízos ao erário do Distrito Federal. Essa movimentação no mercado financeiro evidencia a complexidade e as repercussões políticas que grandes transações bancárias podem gerar.