No primeiro trimestre de 2025, a corrente de comércio entre Brasil e Estados Unidos atingiu um recorde de US$ 20 bilhões, conforme relatório da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil). Entre janeiro e março, o Brasil exportou US$ 9,7 bilhões e importou US$ 10,3 bilhões dos EUA, representando um crescimento de 6,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Apesar desse aumento, a balança comercial brasileira com os EUA permaneceu deficitária.
As exportações da indústria brasileira atingiram US$ 7,8 bilhões, com destaque para sucos (+74,4%), óleos combustíveis (+42,1%), café não torrado (+34%), aeronaves (+14,9%) e semiacabados de ferro ou aço (+14,5%). Já as importações brasileiras de produtos americanos também cresceram, com aumentos significativos em óleos brutos de petróleo (+78,3%), medicamentos (+42,4%), motores e máquinas não elétricos (+42,3%) e outros produtos farmacêuticos (+29,1%).
No entanto, a Amcham alerta sobre o cenário de incerteza devido às tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos, incluindo uma sobretaxa de 10% sobre exportações brasileiras em geral e de 25% sobre aço, alumínio e autopeças. O governo brasileiro está negociando a reversão destas tarifas, especialmente as relacionadas ao aço e alumínio, consideradas prioritárias nas conversas atuais. A abertura de cotas é vista como uma alternativa viável para mitigar os efeitos das tarifas sobre o comércio bilateral.