O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, atingindo 14,25% ao ano, em resposta a um ambiente externo desafiador, principalmente devido às incertezas na política econômica dos Estados Unidos. A decisão foi tomada durante a reunião da semana passada, refletindo preocupações sobre o impacto dessas incertezas nos investimentos, expectativas e inflação.
O Banco Central destacou que as incertezas políticas nos EUA já estão restringindo novos investimentos e começando a impactar o cenário econômico. A ata da reunião revelou que a decisão de aumentar os juros considerou a dinâmica adversa da inflação, defasagens monetárias e a elevada incerteza.
Além disso, o Copom indicou que espera um aumento de menor magnitude na taxa Selic em sua próxima reunião, em maio. O tamanho total do ciclo de aperto monetário será orientado pelo compromisso de convergir a inflação à meta, dependendo da evolução econômica. As projeções atuais do BC preveem que o IPCA atingirá 3,9% até o terceiro trimestre de 2026, acima da meta de 3%.
O mercado financeiro espera que a Selic alcance 15% ao final do ciclo de aperto, com novos aumentos esperados em maio e junho. As projeções de inflação para 2025 e 2026 permanecem acima da meta, sinalizando a necessidade de ajustes contínuos na política monetária.