O Ministério da Fazenda do Brasil revisou suas projeções de déficit primário para 2025, estimando um déficit de R$ 75,088 bilhões, segundo o boletim Prisma Fiscal de março. Esta mudança representa uma melhora em relação à previsão anterior de R$ 80 bilhões. Apesar da melhora, a meta original de zerar o déficit em 2024 com o novo arcabouço fiscal e alcançar um superávit em 2025 foi ajustada. O governo agora busca um resultado neutro para o próximo ano.
As projeções para 2026 também foram revisadas, com o mercado prevendo um déficit de R$ 79,468 bilhões, melhorando em relação à estimativa anterior de R$ 83,3 bilhões. O governo planeja alcançar um superávit fiscal de 0,25% do PIB em 2026. Este objetivo está alinhado com a nova regra fiscal que substitui o teto de gastos, limitando o crescimento das despesas ao aumento de até 70% da receita.
As receitas federais esperadas para 2025 foram praticamente mantidas em R$ 2,849 trilhões, enquanto para 2026, a previsão subiu para R$ 3,040 trilhões. Já as despesas totais do Governo Central para este ano caíram para R$ 2,380 trilhões, permanecendo estáveis em 2026.
Em termos de dívida, a estimativa para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) para 2025 passou de 80,74% para 80,73% do PIB, enquanto para 2026, a previsão caiu ligeiramente de 84,90% para 84,89% do PIB. Essas projeções contrastam com as estimativas do Tesouro divulgadas em dezembro, que previam a DBGG em 79,7% do PIB para este ano e 81,7% em 2026.