Investing.com – Com uma deterioração no cenário macroeconômico, o BTG (BVMF:BPAC11) avalia que os lucros corporativos continuam fortes, mas o banco questiona se essa resiliência vai durar, de acordo com relatório enviado a clientes e ao mercado.
O BTG espera que o lucro consolidado, desconsiderando Petrobras (BVMF:PETR4) e Vale (BVMF:VALE3), seja 2,7% menor do que o esperado há seis meses. As projeções de lucros subiram 1,2% para empresas nacionais e foram reduzidas em 5,3% para exportadores de commodities. Além disso, desconsiderando ainda a Weg (BVMF:WEGE3) e processadoras de alimentos, a projeção foi reduzida em 0,8%.
“Desde junho, os nossos analistas reduziram as suas estimativas de lucros para 2025 em 12 dos 20 setores”, destacam, apontando como maiores corte o no setor de petróleo e gás, mesmo desconsiderando a estatal.
Desaceleração no crescimento dos lucros
A percepção do BTG é de que a expansão do crescimento dos lucros das empresas nacionais deve desacelerar no ano que vem.
Sem contar Vale e Petrobras, os lucros consolidados devem apresentar um crescimento de 16% em 2025, estima do banco, com dinâmica distinta entre os setores.
As empresas domésticas devem ter lucros desacelerando para uma alta anual de 8%, enquanto as exportadoras devem registrar aumento de 43%, após um 2024 pressionado e com queda nos lucros.
“Taxas Selic acima do esperado podem fazer com que o lucro das empresas nacionais cresça menos do que os 8% que projetamos atualmente”, completam os analistas do BTG.
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