Investing.com - O dólar registrava leve queda frente às principais divisas nesta sexta-feira, 20, após acumular ganhos ao longo da semana, enquanto os investidores aguardam a divulgação do índice de inflação mais observado pelo Federal Reserve (Fed, BC dos EUA).
Às 7h55 de Brasília, o índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas, apresentava um recuo de 0,24%, a 107,895, após atingir no início da semana o maior patamar em dois anos.
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O DXY recuou ligeiramente nesta sexta, mas mantém uma trajetória de alta semanal de aproximadamente 1%, apoiado por uma perspectiva de política monetária relativamente rígida dos EUA, após a última reunião do Federal Reserve neste ano.
Os dirigentes do banco central americano agora projetam apenas 50 pontos-base de cortes nos juros em 2025 — dois ajustes de 25 pontos-base —, em contraste com os quatro cortes previstos nas projeções de setembro.
O núcleo do índice PCE de novembro deve apresentar alta anual de 2,9%, acima dos 2,8% registrados no mês anterior, enquanto o dado mensal deve mostrar avanço de 0,2%, frente a 0,3% em outubro.
Um aumento acima do esperado nesse indicador pode gerar um impacto expressivo nos mercados, uma vez que o tom rígido do Fed deslocou as expectativas para menos cortes, ou mesmo a ausência deles, no próximo ano.
“As expectativas de mercado se alinharam ao nosso cenário de apenas um corte adicional de 25 pontos-base, conforme nossa projeção para 2025,” disseram analistas do Macquarie em relatório.
Na Europa, a libra esterlina (GBP/USD) mantinha-se estável em 1,2500, após cair na quinta-feira para o menor nível em um mês. A queda foi influenciada pela decisão de 6 a 3 dos membros do Banco da Inglaterra de manter os juros inalterados, surpreendendo o mercado em meio a preocupações com a desaceleração econômica.
Dados divulgados nesta sexta indicaram que as vendas no varejo do Reino Unido subiram 0,2% em novembro, abaixo da expectativa de alta de 0,5%.
Já o euro (EUR/USD) subia 0,2%, alcançando 1,0385, ligeiramente acima do menor nível em um mês. Contudo, a moeda europeia segue no caminho de uma queda semanal superior a 1%, pressionada pela força do dólar.
Os preços ao produtor na Alemanha apresentaram alta inesperada de 0,1% em novembro na comparação anual, contrariando a previsão de queda de 0,3%, enquanto o índice de clima de negócios no setor varejista do país registrou leve queda, informou o instituto Ifo nesta sexta-feira.
“Este ano foi extremamente desafiador para o varejo, e o cenário econômico geral deve permanecer complicado em 2025, embora muitos varejistas esperem uma melhora no sentimento do consumidor,” disse Patrick Hoeppner, especialista do Ifo.
O Banco Central Europeu cortou sua taxa básica de juros na semana passada pela quarta vez neste ano e poderá reduzir os juros ainda mais em 2025, caso os temores com a inflação diminuam.
Na Ásia, o dólar recuava 0,4% contra o iene (USD/JPY), cotado a 156,74, após a inflação ao consumidor em novembro superar ligeiramente as expectativas, reforçando o argumento para um eventual aumento de juros pelo Banco do Japão.
Apesar disso, a moeda japonesa ainda sente o impacto de ter atingido seu nível mais fraco em cinco meses na quinta-feira, após declarações do governador Kazuo Ueda sugerirem que um aumento nas taxas deverá ocorrer apenas mais adiante em 2025.
Já o iuane caía 0,1% contra o dólar no par USD/CNY, atingindo 7,3050, seu maior patamar desde novembro de 2023.
O Banco Popular da China manteve inalterada sua taxa de juros de referência nesta sexta-feira, conforme amplamente esperado, já que o espaço para novos cortes nos juros é limitado diante da contínua fraqueza do iuane.
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