Investing.com – Os fluxos de capital para ações dos EUA atingiram níveis recordes após o resultado das últimas eleições presidenciais no país, de acordo com um relatório do Barclays (LON:BARC).
O ambiente pós-eleição, marcado por uma renovada confiança no excepcionalismo econômico norte-americano, levou os fluxos globais para ações a somarem US$ 102 bilhões em novembro, o maior volume desde março de 2021.
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Ações americanas atraíram US$ 109 bilhões nesse período, elevando o dólar, em detrimento de outras regiões, com exceção do Japão.
Os estrategistas do Barclays acreditam que ainda há espaço para maior alocação em ações americanas. “O crescimento dos lucros deve atingir dois dígitos,” aponta o relatório.
O banco destaca que as ações dos EUA agora representam 67% do MSCI World Index, um recorde histórico, enquanto as ações europeias caíram para o menor patamar, com apenas 13% de participação.
Os estrategistas observam que os fundos de investimento tradicionais e os hedge funds estão “próximos de níveis extremos” em relação à exposição a ações dos EUA, enquanto a alocação em ações da Europa permanece em patamares muito baixos.
Em novembro, os investidores retiraram US$ 9,9 bilhões de ações europeias, elevando o total de saídas no acumulado do ano para US$ 52,5 bilhões. A Alemanha foi o país mais impactado, registrando os maiores fluxos de saída da região.
A vitória de Donald Trump “despertou os espíritos animais” nos mercados e resultou na maior onda de compras por investidores de varejo desde 2021, afirma o Barclays.
Os estrategistas do banco ressaltam que os fundos de mercado monetário acumulam níveis inéditos de ativos sob gestão (AUM). Com os cortes nas taxas de juros previstos para continuar até 2025, há “um volume significativo de recursos ociosos que os investidores podem alocar em outros ativos ao migrarem para fora do caixa.”
“Particularmente, as ações parecem estar bem posicionadas para se beneficiar agora que a incerteza das eleições nos EUA ficou para trás,” enfatizam os estrategistas.
A sazonalidade do final do ano e os programas de recompra corporativa são apontados como elementos de apoio para o mercado de ações. Cerca de 80% dos programas de recompra anunciados ainda não foram executados, o que pode proporcionar ventos favoráveis adicionais até 2025.
Apesar de uma ligeira alta na exposição a ações por parte dos CTAs (consultores de negociação de commodities), os fundos de controle de risco e hedge funds ainda não acompanharam esse movimento, indicando que há espaço significativo para novos investimentos.
Além disso, os indicadores de sentimento não acompanharam plenamente o otimismo do mercado, sinalizando que a confiança geral ainda está moderada, oferecendo potencial para uma recuperação ainda maior.
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