Investing.com - Analistas do Deutsche Bank projetam que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) realizará um corte de 25 pontos-base na taxa de juros em dezembro, seguido por uma “pausa prolongada” que manterá as taxas acima de 4% até 2025.
Essa perspectiva reflete os impactos esperados das mudanças econômicas sob o novo governo Trump e as pressões inflacionárias persistentes.
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Os analistas destacam que, embora “a vitória republicana nas eleições de 2024 prometa mudanças estruturais”, políticas como tarifas mais altas e medidas de desregulamentação devem elevar o crescimento econômico para 2,5% em 2025, mas manter a inflação em patamares iguais ou superiores a 2,5% até 2026.
Essas condições são vistas como desafiadoras para o Fed, que, segundo o Deutsche Bank, deve manter uma postura “moderadamente restritiva” para conter os riscos inflacionários.
O presidente do Fed, Jerome Powell, minimizou o impacto de sazonalidades residuais nos dados de inflação, mas reconheceu a dificuldade imposta pelos altos níveis do núcleo do índice de preços para gastos com consumo (PCE).
Os analistas observam que, se os dados de janeiro de 2025 continuarem elevados, novos cortes de juros no início de 2025 poderão ser inviabilizados.
O Deutsche Bank compara o cenário atual com a desaceleração causada por tarifas em 2019, ressaltando que a inflação hoje está “substancialmente acima da meta” e que o Fed deve focar na contenção das expectativas inflacionárias para evitar que elas se desancorem.
Embora o banco central tenha adotado políticas acomodatícias diante de choques de oferta relacionados ao comércio no passado, os analistas consideram que uma abordagem mais rígida é agora necessária.
Os analistas esperam que riscos simétricos voltem a ganhar força na política do Fed. Caso a inflação se mostre mais resiliente ou o mercado de trabalho apresente maior aquecimento, “o Fed pode abandonar seu viés de flexibilização” e manter as taxas em níveis elevados por um período mais prolongado.
Concluindo, o Deutsche Bank afirma que a estratégia do Fed continuará guiada pelos dados econômicos, mas a pausa prolongada acima de 4% reflete as mudanças estruturais no panorama econômico e inflacionário à medida que 2025 se aproxima.
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