ADRs da Petrobras sobem com plano estratégico e dividendo extraordinário em foco

Investing.com – Os American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras (NYSE:PBR) subiam 1,48% no pré-mercado às 9h26 (de Brasília) desta sexta, cotadas a US$14,36, com investidores repercutindo o seu plano estratégico e o anúncio da distribuição de dividendos extraordinários bilionários.

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A Petrobras (BVMF:PETR4) anunciou na noite de quinta seu plano estratégico 2025-2029, com previsão de investimentos de US$111 bilhões. O capex subiu 9% em relação ao plano anterior. Além disso, junto com o plano, informou que vai pagar R$20 bilhões em dividendos extraordinários a seus acionistas.

Após o anúncio, o Bank of America (NYSE:BAC) reforçou a recomendação de compra na ação, com preço-alvo de US$18,50. “Destacamos que o capex de 2025, apesar da queda em relação ao plano anterior, ficou acima do mercado consenso. No entanto, a combinação de: 1) distribuição extraordinária de dividendos, 2) maior teto da dívida e 3) foco contínuo no segmento upstream, devem ser bem recebidos pelo mercado, a nosso ver”, apontaram os analistas Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes.

O banco Goldman Sachs (NYSE:GS) entende que o plano não deve surpreender investidores, tendo em vista a prévia informada pela mídia durante a semana. “Acreditamos que a maioria das mudanças já eram esperadas anteriormente pelo mercado com base em nossas recentes interações com clientes (por exemplo, preços mais planos curva de capex, novo teto de dívida bruta mais elevado, posição mínima de caixa mais baixa, revisão para cima no guidance de produção para o próximo ano)”, aponta o Goldman, que indica compra, com preço-alvo de US$17.

A Ativa Investimentos tem uma visão mais cautelosa, indicando recomendação neutra, com preço-alvo de R$44 para as ações preferenciais. De acordo com a Ativa, o plano “não inventa a roda, o que é ótimo”. Os dividendos extraordinários vieram levemente abaixo do esperado, cerca de R$1,55 por ação, contra projeção de R$1,70, mas o analista Ilan Arbetman destaca que estes devem ser bem recebidos.

“Quanto ao plano em si, ainda que o refino e renováveis tenham ganho um pouco de share, o protagonismo segue amplamente com o setor de E&P. Apostando na manutenção de uma geração de caixa sólida, o plano concentra um maior montante de investimentos, mas guarda espaço para uma maior distribuição regular e uma igual distribuição extraordinária frente ao plano passado”, afirma o analista, ao ressaltar que a mensagem é que a companhia pretende seguir com a distribuição de dividendos regulares e, quando possível, adicionais.

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