Medidas tarifárias e anti-imigratórias podem atrasar cortes de juros nos EUA
Investing.com – O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, ajustou sua posição sobre cortes de juros, atribuindo o adiamento de novas reduções a possíveis medidas comerciais e imigratórias mais restritivas, de acordo com o Morgan Stanley (BVMF:MSBR34) (NYSE:MS).
Embora o Fed tenha reduzido recentemente os juros em 25 pontos-base, sua orientação futura tornou-se "claramente mais restritiva", indicando apenas dois cortes previstos para 2025, em vez dos quatro anteriormente projetados, afirmou o banco.
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O Morgan Stanley destacou que o Fed agora prioriza o controle da inflação sobre os riscos ao mercado de trabalho. O presidente Jerome Powell declarou que "a incerteza em relação à inflação aumentou, e os riscos estão inclinados para cima".
A inflação persistente, alimentada por tarifas mais altas e pela redução na imigração, reforça a postura cautelosa do banco central.
"Políticas restritivas de comércio e imigração podem manter a inflação elevada e adiar cortes de juros adicionais", afirmou o Morgan Stanley.
O banco explica que o aumento gradual das tarifas sobre produtos chineses e a queda drástica na imigração – de 1 milhão de pessoas em 2025 para 500 mil em 2026 – devem contribuir para que o índice PCE núcleo permaneça elevado em 2,5% no próximo ano.
Essas políticas também devem impactar a economia negativamente ao longo do tempo. O Morgan Stanley prevê que o crescimento do PIB real desacelere para 2,0% ou menos em 2025.
Apesar da perspectiva restritiva de curto prazo, o Morgan Stanley acredita que o Fed pode mudar sua postura à medida que os efeitos dessas políticas reduzam ainda mais o crescimento econômico.
O banco traça um paralelo com dezembro de 2018, quando o Fed passou de uma posição rígida para cortes de juros após uma desaceleração econômica em condições semelhantes.
"O Fed pode estar rígido hoje – focado na persistência inflacionária e nas incertezas políticas – mas pode adotar uma postura mais flexível no futuro, especialmente se essas mesmas políticas prejudicarem a economia e o mercado de trabalho ao longo do tempo", escreveram os analistas.
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