O quanto da subida do dólar no ano é culpa do cenário doméstico? Gestora calcula
Investing.com – “O fator doméstico explica, em grande parte, a depreciação do real em 2024”, destaca a gestora Wealth High Governance em publicação em rede social nesta quarta-feira, 03, após realizar um estudo a respeito do tema, separando os efeitos do Brasil dos internacionais na volatilidade da moeda americana frente à brasileira no primeiro semestre do ano.
Fonte: WHG
“O nível de estresse do Brasil não está no máximo, longe disso. Já vimos coisas piores em 2021 e 2022, quando estourou o teto, com a PEC dos precatórios, durante a queda da Dilma, já foi pior”, elenca o economista-chefe da WHG, Fernando Fenolio, em live sobre o assunto. “Se não houvesse esse prêmio de risco, o real deveria valer mais ou menos R$5,10”, estima.
Apesar de já ter sido pior, há tendência ascendente, alerta o economista, que aponta que, desde 2017, o fator externo, principalmente o dólar forte, leva o real a se depreciar, trazendo ventos contrários. No entanto, fatores domésticos e choques também trazem volatilidade.
“Em 2024, essa depreciação de cerca de 15% do real que a gente vê até agora, basicamente 8% é fator doméstico e 5% fator externo”, conclui o economista.
O estudo buscou capturar o prêmio de risco Brasil e compilou variáveis como spread de juros de dez anos contra seus pares, a diferença da taxa de inflação implícita no Brasil, para verificar se haveria prêmio de inflação crescente, além da diferença da bolsa de valores local e as de mercados emergentes, assim como volatilidade do real ante outras moedas.
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