Temu: Qual é o impacto do novo marketplace chinês para Magalu e Mercado Livre?

Investing.com
Atualizado em 25/06/2024 02:12
Mitrade Team
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Fonte: DepositPhotos

Investing.com - O marketplace chinês Temu, da Pinduoduo (BVMF:P1DD34), iniciou suas operações com os consumidores brasileiros no último dia 5 de junho, oferecendo produtos de vendedores predominantemente do exterior. Conhecido pela estratégia agressiva de marketing e precificação, a empresa está oferecendo descontos de até 78% para novos usuários, mesmo com um pedido mínimo de R$ 100 por compra. Por isso, já se tornou um dos apps mais baixados no iOS e no Android.

A sua chegada ao Brasil levantou questionamentos sobre os impactos de sua operação nas varejistas brasileiras, sendo colocada como um fator de risco para as ações do varejo brasileiro negociadas na bolsa de valores.

Na avaliação do Citi, a Temu exerce uma pressão limitada sobre Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) e Mercado Livre (NASDAQ:MELI). Os analistas João Pedro Soares, Alicia Yap e Felipe Reboredo apontam a falta de experiência do usuário da Temu no Brasil - com prazo de entrega maior em relação às brasileiras -, falta de condições alternativas de crédito e perfil de produto como fatores que impedem um sucesso imediato do marketplace chinês no país.

"Na nossa visão (preliminar), a presença da Temu provavelmente resulta em maior pressão para outras plataformas asiáticas operando no Brasil (por exemplo, Shopee, AliExpress e Shein)", apontam os analistas. "O risco de longo prazo [para MGLU3 e MELI34] é um aumento mais amplo dos custos logísticos", prosseguem.

Às 11h40, os BDRs de Mercado Livre operavam em baixa de 0,69% a R$ 71,74, enquanto as ações do Magazine Luiza disparavam 13,39% a R$ 12,28 por ação.

Magazine Luiza: parceria com Aliexpress

O Magazine Luiza anunciou nesta segunda-feira uma parceria com a Aliexpress, concorrente chinesa da Temu. O acordo prevê a venda dos produtos de Magalu e Aliexpress em ambas as plataformas. O Aliexpress passará a vender como seller do marketplace do Magazine Luiza (3P), enquanto a companhia brasileira oferecerá produtos do seu estoque próprio na plataforma brasileira do Aliexpress.

"Os pedidos realizados no Magalu serão importados por meio do programa Remessa Conforme, impulsionando a operação cross border da companhia", afirmou a empresa brasileira.

Em coletiva de imprensa para anunciar a parceria, o CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, afirmou que a companhia cobrará um "take-rate" do Aliexpress nas vendas deles no Magalu, e vice-versa, e que essas taxas foram negociadas ao longo dos últimos sete meses.

Isenção de responsabilidade: este artigo representa apenas a opinião do autor e não pode ser usado como consultoria de investimento. O conteúdo do artigo é apenas para referência. Os leitores não devem tomar este artigo como base para investimento. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, procure orientação profissional independente para garantir que você entenda os riscos.

 

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