Estes são os possíveis impactos do 2º turno das eleições francesas no mercado
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Investing.com – Enquanto os mercados absorvem os resultados do primeiro turno das eleições legislativas francesas, os analistas do UBS divulgaram uma análise sobre os possíveis desfechos para o segundo turno em uma nota recente.
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Eles observam que os resultados do primeiro turno, que aconteceu no último fim de semana, não fornecem um indicativo claro para os resultados do segundo turno.
Com um índice de participação de 65,8% — o mais alto desde 1997 — os dados preliminares indicam avanços significativos para partidos dos extremos do espectro político. As pesquisas após a votação mostram o Reunião Nacional (RN) na frente com 33,2%, seguido pela Nova Frente Popular (NFP) com 28,1%, e a aliança "Ensemble" de Macron, com 21%.
O UBS destaca que uma particularidade deste primeiro turno é o elevado número de distritos onde três candidatos avançam ao segundo turno, um fato inédito desde 1958, com mais de 250 distritos nesta situação, o que complica as previsões dos resultados finais.
Os analistas preveem que essa configuração pode gerar um período de instabilidade política na França. Eles projetam que é improvável que qualquer partido conquiste a maioria absoluta na Assembleia Nacional, o que pode resultar em um governo minoritário ou em uma assembleia fragmentada, complicando a aprovação de legislações.
Especificamente, o UBS considera três cenários possíveis:
Um governo minoritário liderado pelo RN com poder legislativo restrito.
Um parlamento dividido, resultando em um impasse político e um governo composto por partidos moderados.
Um governo minoritário liderado pelo NFP, também com poder legislativo restrito.
Em relação à reação do mercado, o UBS já nota um aumento da volatilidade. Os spreads dos títulos soberanos se ampliaram, e as ações francesas registraram uma performance abaixo dos demais mercados europeus. Desde 7 de junho, o índice CAC 40 caiu 6,5% e o índice MSCI Small Caps caiu 12%, enquanto Euro Stoxx 50 registrou uma queda de 3%.
Diante deste cenário, o UBS recomenda que os investidores evitem mudanças drásticas em suas estratégias de portfólio baseadas nos eventos políticos. Em vez disso, sugerem manter uma diversificação adequada e considerar investimentos estruturados que ofereçam proteção de capital ou características de geração de rendimento.
Os analistas concluem alertando que a incerteza em torno do segundo turno das eleições legislativas francesas pode continuar afetando negativamente o desempenho dos mercados financeiros na França e na Europa.
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