Com apetite por risco nas mínimas do ano, renda fixa é destaque, diz estudo da XP
Investing.com – Pesquisa da XP (BVMF:XPBR31) com assessores de investimentos indica que o apetite por risco no Brasil estaria nas mínimas do ano. De acordo com o documento, divulgado nesta semana, entre os maiores riscos para a bolsa de valores local estariam a política fiscal e os patamares elevados das taxas de juros no país.
Os estrategistas Fernando Ferreira, Jennie LI e Felipe Veiga apontam que aumentaram as preocupações com a política fiscal, sendo este o maior risco para a bolsa, enquanto os receios a respeito dos juros também foram elevados.
“A alocação em renda variável permanece em níveis baixos”, reforça o relatório. Com cenário pressionando, com fiscal e juros levando a performance negativa do índice da bolsa de valores brasileira Ibovespa, os investidores diminuíram a intenção de elevar exposição à renda variável.
“Em outubro, a maioria (41%) dos assessores indicou que o Ibovespa deve chegar a um nível entre 130 mil e 140 mil pontos nos próximos 12 meses. Por sua vez, a média das respostas foi de 138 mil pontos, nível similar ao mês passado”, detalha a XP.
Maior interesse em renda fixa
A classe com mais interesse de clientes segue sendo a renda fixa. A pesquisa com assessores demonstra que 74% dos entrevistados possuem interesse em ativos de renda fixa, um aumento de 3 pontos percentuais mês a mês. O interesse por fundos de renda fixa subiu 9 pontos percentuais, atingindo 72%.
Enquanto isso, o interesse por ações recuou 12 pontos percentuais na mesma análise, atingindo 28%, estando assim em patamar inferior à renda fixa, fundos imobiliários e investimentos no mercado internacional.
Preferência setorial em ações
A preferência de investidores por setores ligados a commodities também evoluiu, segundo a XP. O estudo apontou elevação de 13 pontos percentuais na preferência para os setores de petróleo e gás, além de uma adição de 7 pontos percentuais para siderurgia e mineração.
“Enquanto isso, os setores mais voláteis e mais sensíveis a alterações na taxa de juros como educação e varejo continuam sendo de menor interesse entre os clientes”.
China ainda preocupa investidores
A maior parte dos entrevistados não revisaria seu portfólio para adicionar maior exposição à economia chinesa. “Quando perguntados se houve alterações nas carteiras dos clientes após os recentes anúncios de estímulos na China, a maioria dos assessores (62%) responderam que seus clientes não realizaram alterações já que não acreditam numa mudança estrutural na economia do país”, completa a XP, afirmando que 15% disseram que seus clientes já estão posicionados em ativos com este tipo de exposição.
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