Morgan Stanley explica a alta recente das taxas dos títulos americanos
Investing.com – Analistas do Morgan Stanley identificaram vários fatores que têm levado à recente alta das taxas dos títulos americanos, que subiram de forma expressiva ao longo da curva, mesmo após o corte de 50 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve.
“Existem várias interpretações para o aumento das taxas,” observaram os analistas, destacando o potencial impacto nos mercados de ações e nas lideranças setoriais com a aproximação das eleições presidenciais de 2024 nos EUA.
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Um dos principais fatores envolve as expectativas do mercado sobre as eleições. “Os mercados de previsão indicam uma probabilidade maior de vitória de Trump e de uma varredura republicana,” o que pode influenciar o mercado de títulos devido às possíveis mudanças nas políticas econômicas.
O Morgan Stanley (BVMF:MSBR34) (NYSE:MS) sugere que, se esse cenário se concretizar, poderá haver um aumento relevante no prêmio de prazo dos títulos, devido a preocupações com um possível aumento dos déficits fiscais.
“O aumento no prêmio de prazo relacionado ao crescimento do déficit representaria um risco para as ações,” alertam os analistas.
Contudo, nem toda alta nas taxas está ligada a questões políticas. Os analistas diferenciam entre aumentos causados pela inflação e aqueles impulsionados pelo crescimento econômico.
Se as taxas subirem em função de um crescimento econômico sólido, as ações podem continuar a ter bom desempenho, mesmo com a elevação dos rendimentos.
“Se as taxas subirem mais por crescimento do que por inflação, as ações poderão manter uma performance robusta,” explicaram.
A análise do banco também examina como alguns setores estão respondendo às incertezas eleitorais. Por exemplo, ações de varejo e marcas com exposição a tarifas “parecem estar precificando uma maior probabilidade de vitória de Trump,” depreciando-se em meio à incerteza tarifária.
Por outro lado, as “ações de renováveis,” que tenderiam a se beneficiar de uma vitória democrata, também tiveram desempenho inferior em outubro, indicando sinais mistos no mercado.
O Morgan Stanley conclui que, embora as tendências de mercado atuais se assemelhem em alguns aspectos ao cenário das eleições de 2016, as preocupações com inflação e déficit tornam o ambiente atual mais complexo.
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