Atividade robusta exige medidas monetárias mais restritivas, diz Bank of America
Investing.com – Com a economia brasileira crescendo acima do que era previsto no início do ano e com perspectiva de que possa chegar a uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) próxima de 3% em 2024, seria preciso um aperto monetário mais evidente, para conter a demanda e tirar a pressão da inflação.
Essa é a percepção do Bank of America (NYSE:BAC), que disse em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta sexta, 27 de setembro, que o cenário atual, com uma atividade forte, exige medidas monetárias mais restritivas.
O BofA espera continuidade do ciclo de alta na Selic, com dois aumentos adicionais de 50 pontos base este ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, e aumento final de 25 pontos base em janeiro, levando a taxa Selic para 12%.
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Ao avaliar o Relatório de Inflação do segundo trimestre, divulgado pelo Banco Central, a percepção foi que o cenário internacional é visto como mais favorável diante do progresso da desinflação, com o início dos cortes nos juros em países desenvolvidos.
Por outro lado, o cenário fiscal brasileiro segue como ponto de atenção, apesar das melhorias em relação ao que era previsto no começo do ano. Mas é a atividade doméstica, com recorrentes surpresas positivas e menor impacto do que o previsto com as chuvas no Rio Grande do Sul, que traz mais pressão nos preços, além de um mercado de trabalho forte.
A autoridade monetária brasileira alterou sua estimativa de alta do PIB para 2024 de 2,3% para 3,2%. “A revisão vem na esteira da forte surpresa no PIB do 2T24, mas a atividade deverá desacelerar no terceiro trimestre”, entende o BofA. Além disso, o banco lembra que o BCB revisou o hiato do produto, também devido às surpresas positivas na atividade doméstica.
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