Como o dólar se comportou durante os 30 anos do período do Plano Real?
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Investing.com – Após o lançamento do Plano Real, que completa três décadas nesta segunda-feira, 1º de julho, o dólar norte-americano apresentou fortes oscilações no período, impactando as variáveis macroeconômicas brasileiras. Além da máxima em 2002, os momentos com maiores altas registradas ocorrem com os receios anteriores e após início da pandemia de covid-19.
“Valorizações do dólar coincidem com crises, enquanto períodos de baixa refletem confiança econômica e fluxo de capital estrangeiro. A variação afeta diretamente a economia brasileira, encarecendo importações, beneficiando exportações, aumentando inflação com real depreciado e influenciando a dívida externa”, aponta Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado.
Estudo de Rivero demonstra que o dólar estaria 22,18% abaixo do pico da pandemia, conforme ajustes pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e The Consumer Price Index For All Urban Consumers (CPI-U) dos Estados Unidos, o que, em sua visão, reflete desafios e oportunidades econômicas no cenário mundial desde 1994, ano de criação do Plano Real.
Situação atual frente a máximas históricas.
Ao final do mês de junho, o dólar no momento do estudo de Rivero, cotado a R$5,56, estaria cerca de 36,5% abaixo da máxima histórica, registrada em setembro de 2002, em R$ 8,76.
Na comparação com fevereiro de 2020, período anterior à pandemia de covid-19, a moeda norte-americana está 5,7% superior, considerando os ajustes do levantamento.
Em outubro de 2020, quando o dólar chegou ao pico pós-pandemia, em R$ 6,72, o patamar era 22,18% superior ao do final do primeiro semestre deste ano.
Fonte: Elos Ayta Consultoria
Principais picos e vales
O estudo da Elos Ayta Consultoria também menciona os principais picos e vales, considerando o gráfico ajustado da moeda americana.
Há 30 anos, em meio ao lançamento do Plano Real, o processo estabilização econômica que resultou no controle da hiperinflação levou a um dólar ajustado a R$ 3,81.
Enquanto isso, em setembro de 2002, a moeda atingiu recorde de R$ 8,76, diante de receios prévios às eleições presidenciais, com vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O patamar mais baixo foi registrado em julho de 2011, a R$ 2,31, com um cenário de boom das commodities e altos fluxos de investimento externo.
Com as incertezas relacionadas ao início da pandemia, o dólar chegou a R$ 5,26 em fevereiro de 2020 e em R$ 6,72 em outubro do mesmo ano.
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