Cuidado com eventual fraqueza do dólar, recomenda UBS; entenda
Investing.com — O dólar ganhou força na semana passada, mas o UBS aconselha cautela para aqueles que esperam uma rápida reversão desse movimento, identificando apenas oportunidades seletivas no momento.
"Nossa expectativa da semana passada de que notícias 'convencionais' do G10 relacionadas ao mercado de trabalho dos EUA superariam fatores 'não convencionais', como geopolítica, variações nos preços do petróleo e notícias de estímulos da China, se provou correta, em grande parte devido à surpresa positiva dos dados de emprego de setembro," disseram analistas do UBS em nota datada de 9 de outubro.
No entanto, o banco suíço observou que os movimentos estão alinhados com a dinâmica dos diferenciais de taxas de juros, o que sugere que buscar rapidamente uma reversão em favor de um dólar mais fraco pode não ser vantajoso, já que o dólar não está particularmente caro com base nesses critérios.
Além disso, os mercados estão próximos das eleições nos EUA, e os resultados permanecem incertos.
Dado que um "Red Sweep" (vitória republicana generalizada) continua sendo uma possibilidade realista — cenário que o banco considera favorável ao dólar — as chances aumentam de que o período pré-eleitoral seja dominado por negociações táticas de curto prazo, ao invés do início de tendências persistentes, a menos que as pesquisas indiquem um vencedor claro.
Ainda assim, se os investidores estiverem dispostos a ignorar o ruído eleitoral e se comprometerem com a ideia de que os ciclos relativos enfraquecerão o dólar no longo prazo, há níveis de entrada muito mais atraentes do que no início deste mês.
"Com isso em mente, recomendamos esta semana uma posição comprada em uma opção de compra AUD/USD 0.6850 com vencimento em 12 de dezembro de 2024, com um RKO [reverse knockout] em 0.7100, uma maneira acessível de manter uma de nossas visões centrais ao longo de um período que antecipamos ter volatilidade nos preços," disse o UBS.
A visão positiva do UBS para o dólar australiano foi reforçada pela recuperação nos preços das commodities, em resposta aos estímulos da China, o que parece ter alterado o posicionamento especulativo, que agora se tornou favorável ao AUD.
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