Petróleo recua após ganhos com estímulos na China e tensões na Síria

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Investing.com — Os preços do petróleo registravam leve queda no início da manhã desta terça-feira, 10, devolvendo parte dos ganhos obtidos após anúncios de medidas de estímulo na China, maior importador mundial do produto, e o aumento das tensões geopolíticas na Síria.

Os investidores adotaram uma postura cautelosa à espera de novos indicadores econômicos provenientes da China e dos Estados Unidos nos próximos dias, além do relatório mensal da Opep.

O barril do petróleo Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), caía 0,50%, negociado a US$ 71,75 no mercado futuro, às 8h50 de Brasília.

As cotações avançaram mais de 1% na segunda, depois que o principal órgão político da China anunciou uma flexibilização da política monetária e planos para novos estímulos econômicos.

O governo de Pequim declarou que apoiará os mercados de ações e imóveis, além de intensificar o estímulo ao consumo doméstico, reforçando a intenção de implementar medidas econômicas direcionadas.

Esse anúncio gerou uma alta generalizada no mercado de commodities, enquanto o petróleo foi beneficiado pela perspectiva de aumento na demanda chinesa por matérias-primas em meio a uma recuperação econômica.

A Conferência Central de Trabalho Econômico da China, que começa nesta quarta-feira, deverá fornecer mais detalhes sobre os planos de estímulo. Antes disso, dados comerciais de novembro serão divulgados nesta terça-feira.

As promessas de estímulos aliviaram as preocupações geradas pelos números fracos de inflação chinesa em novembro, que reforçam a necessidade de apoio econômico adicional.

CONFIRA: Cotação das principais commodities

Nos mercados internacionais, os investidores também aguardam a divulgação de dados econômicos relevantes e reuniões de bancos centrais nas próximas semanas. O índice de inflação ao consumidor dos EUA será publicado na quarta-feira, uma semana antes da próxima decisão do Federal Reserve.

O mercado petrolífero precificou um aumento na percepção de risco nesta semana, após forças rebeldes derrubarem o presidente sírio Bashar al-Assad, encerrando um conflito civil que durou 13 anos.

Ainda assim, os participantes do mercado permanecem incertos quanto às implicações geopolíticas dessa mudança de regime na Síria e no Oriente Médio.

O novo governo sírio, com provável apoio de grupos alinhados à seita sunita, pode entrar em atrito com o Irã, o que poderia abrir espaço para que os Estados Unidos endureçam as sanções contra o país persa.

Embora a produção de petróleo da Síria tenha sido severamente reduzida durante a guerra civil, existe a possibilidade de recuperação sob a nova administração, o que aumentaria a oferta global. Em seu auge, o país produzia mais de 600 mil barris de petróleo por dia.

Isenção de responsabilidade: este artigo representa apenas a opinião do autor e não pode ser usado como consultoria de investimento. O conteúdo do artigo é apenas para referência. Os leitores não devem tomar este artigo como base para investimento. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, procure orientação profissional independente para garantir que você entenda os riscos.

 

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