Investing.com – Os preços do petróleo registravam forte queda nesta terça-feira, 15, ampliando as perdas recentes, à medida que crescem as preocupações com uma desaceleração na demanda mundial. As cotações também foram afetadas por reportagens indicando que Israel não atacará instalações petrolíferas do Irã.
Na segunda-feira, os preços do barril recuaram cerca de 3%, após a China, o maior importador mundial, registrar o quinto mês seguido de queda nas importações do produto, elevando os receios de fraqueza na demanda. Essas preocupações foram intensificadas pela redução da previsão de demanda global de petróleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pelo terceiro mês consecutivo.
MAIS DETALHES: Opep reduz previsão de crescimento da demanda de petróleo para 2024 e 2025
Às 8h de Brasília, o barril do petróleo Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), desvalorizava-se 4,61%, a US$ 73,89, enquanto o barril do Texas (WTI), referência nos EUA, caía 4,81%, negociado a US$ 70,28, no mercado futuro.
O aumento das expectativas de uma desaceleração na demanda por petróleo foi um dos principais fatores que pressionaram os preços, especialmente após sinais mais fracos vindos da China, o maior importador global.
Durante o fim de semana, o Ministério das Finanças da China apresentou várias medidas fiscais para apoiar a economia. No entanto, os investidores ficaram decepcionados com a falta de clareza sobre o prazo e a extensão dessas medidas, além da ausência de ações específicas para estimular o consumo privado.
Dados divulgados na segunda-feira também mostraram que as importações de petróleo da China caíram pelo quinto mês consecutivo, sinalizando que as condições econômicas fracas estão reduzindo o apetite chinês por petróleo.
As preocupações com a demanda foram reforçadas pela Opep, que revisou para baixo, pela terceira vez consecutiva, suas previsões de crescimento da demanda global de petróleo para 2024 e 2025.
O cartel agora projeta que a demanda por petróleo crescerá 1,93 milhão de barris por dia em 2024, uma redução em relação à previsão anterior de 2,03 milhões de barris por dia, apontando a China como um dos principais fatores para essa revisão.
Os preços do petróleo também foram pressionados pela possibilidade de uma escalada menos intensa nas tensões no Oriente Médio, após um relatório divulgado na segunda-feira indicar que Israel não atacará as instalações petrolíferas e nucleares do Irã.
Esse tipo de ataque era visto como uma escalada significativa no conflito, e sua possível realização vinha elevando o prêmio de risco nos preços do petróleo.
Nas últimas semanas, o temor de uma guerra em larga escala no Oriente Médio foi um dos principais fatores de alta nos preços do petróleo, especialmente após o lançamento de mísseis pelo Irã contra Israel no início de outubro. Agora, a atenção está voltada para uma possível retaliação israelense.
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