Petróleo cai com ausência de novos estímulos na China e realização de lucros

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Investing.com — Os preços do petróleo registravam forte queda nesta terça-feira, 8, diante da decepção de agentes econômicos com a falta de novas medidas de estímulo na China. A situação no Oriente Médio também segue no radar, após líderes do Hezbollah se mostrarem abertos a um cessar-fogo no Líbano.

Às 11h30 de Brasília, o barril do Brent, referência mundial e para a Petrobras (BVMF:PETR4), recuava 4,40%, a US$ 77,36, enquanto barril do Texas (WTI), referência nos EUA, desvalorizava-se 4,37%, a US$ 73,75.

Ambos os contratos de referência subiram mais de 3% na segunda-feira, atingindo o nível mais alto desde o final de agosto, acumulando uma alta de 8% na semana anterior, o maior ganho semanal em mais de um ano.

Um fator que pressionou o mercado petrolífero nesta manhã foi a falta de novas medidas de estímulo por parte das autoridades chinesas, após o país voltar de um feriado de uma semana.

Mais cedo, a China declarou que está "totalmente confiante" em atingir sua meta de crescimento anual, mas não introduziu medidas fiscais adicionais, desapontando investidores que esperavam mais suporte para a economia.

A frustração com a recuperação econômica mais fraca da China tem sido uma das principais forças limitando o mercado de petróleo, dado o papel do país como maior importador mundial de petróleo.

MAIS DETALHES: Na China, anúncio de pacote de medidas de estímulo à economia frustra mercado

As tensões no Oriente Médio continuaram sendo o principal suporte para os preços do petróleo, à medida que os combates entre Israel e as forças do Hezbollah se intensificaram nesta semana. Na segunda-feira, o Hezbollah disparou centenas de mísseis contra o território israelense, enquanto Israel ampliava suas operações ofensivas contra o Líbano.

Isso ocorreu após o Irã lançar dezenas de mísseis contra Israel na semana passada, em retaliação aos ataques israelenses contra Hamas e Hezbollah.

Em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio, o Hezbollah sinalizou estar aberto a um cessar-fogo negociado com Israel, uma possível via para evitar uma escalada maior do conflito.

LEIA TAMBÉM: Hezbollah apoia esforços de cessar-fogo no Líbano, diz vice-líder

A situação se agravou com novos ataques israelenses no sul do Líbano e a eliminação de um líder substituto do Hezbollah. A escalada de combates entre as partes adiciona um novo nível de incerteza ao mercado petrolífero, que teme impactos diretos no fluxo de produção na região.

Os investidores otimistas com o petróleo apostam que o agravamento do conflito pode interromper o fornecimento de petróleo do Oriente Médio, especialmente se Israel atacar instalações petrolíferas do Irã.

O mercado também estava atento ao impacto do furacão Milton na produção dos EUA, com a previsão de que a tempestade atravesse o Golfo do México antes de atingir a costa oeste da Flórida nesta semana.

Embora o furacão deva evitar grande parte da infraestrutura petrolífera no Golfo do México, vários portos da região começaram a impor restrições, o que poderia potencialmente interromper embarques de petróleo.

Os últimos dados de estoques de petróleo dos EUA, divulgados pelo American Petroleum Institute (API), são aguardados ainda hoje, com expectativas de que os estoques subam em 1,9 milhão de barris na semana encerrada em 4 de outubro, segundo pesquisa preliminar da Reuters.

O relatório oficial da Administração de Informação de Energia (EIA) está programado para ser divulgado na quarta-feira.

(Com contribuição de Julio Alves)

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